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Novas aventuras em mim (menor)

Aventuras em mim (menor)? Escrever é aventura, é incógnita. Viagem de dedos por sonhos, desejos, fantasias, pequenas e grandes coisas sobre mim e o mundo à minha volta. Desejo de partilha, também. De sentimentos, emoções, momentos, vivências, silêncios até. Quanto ao “menor”, é uma brincadeira, um pequeno trocadilho com a nota musical Mi menor. É, também, uma medida da minha humildade, da consciência brutal das minhas limitações como escriba.

23 fevereiro 2006

O que os homens realmente precisam...

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My Rifle Pony and Me

Sun is sinking in the west
The cattle go down to the stream
The redwing settles in the nest
It's time for a cowboy to dream

Purple light in the canyon
that is where I long to be
With my three good companions
just my rifle pony and me

Gonna hang my sombrero
on the limb of a tree
Coming home sweet my darling
just my rifle pony and me

Whippoorwill in the willow
sings a sweet melody
Riding to Amarillo
just my rifle pony and me

No more cows to be ropin'
No more strays will I see
'round the bend shell be waitin
For my rifle pony and me
For my rifle my pony and me

(Ricky Nelson - Dueto com Dean Martin no filme "Rio Bravo" (1959), de Howard Hawks)

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

15 fevereiro 2006

Tibiezas

Nas manhãs da RTP 1, o programa "Bom Dia, Portugal" puxa os galões de serviço público numa rubrica intitulada "Bom Português". Dá-se um exemplo de uma palavra ou expressão nas versões correcta e errada. Depois, a reportagem do nosso (des)conhecimento, o microfone pelas ruas e, hélas!, afinal não é o desastre que se podia prever. Bem, há uma coisa chamada montagem... Mas acredito que a maior parte das entrevistas não envergonhe ninguém. Depois, a correcção do T.P.C. Sempre dá para tirar umas dúvidas íntimas que nem às paredes confessamos - pois, como é sabido, elas têm ouvidos!

Um dia destes, o problema proposta era escolher entre "maquilhagem" e "maquiagem". Qual a dificuldade? Eu e quantos milhões de cidadãos como eu a quem foi ensinada a língua de Camões, poderíamos jurar a pés juntos que "maquiagem" deve ser acidente de quem está com muita pressa e se esqueceu de carregar nas teclas e rever o texto. Embora a TV estivesse sem som - no meu prédio dorme-se até às tantas, a gozar merecidas reformas -, o movimento dos lábios de quem respondia levou um sorriso aos meus. Pois claro! Então não era óbvio? Parece que não... Sobre o fundo azul dos mares por Camões cantados, em vez de aparecer um tracinho "nike" verde e uma cruzinha vermelha, esbugalhei os olhos, esfreguei-os, pisquei-os; até revi o que fizera nessa noite, não se fosse dar o caso de ter bebido uns copitos! Mas não! Eram mesmo dois tracinhos. A douta explicação, naquele habitual tom de mestre-escola, não a ouvi - o gozo das reformas assim o dita. Adivinho, no entanto, uns salamaleques com traços de samba que a nossa Academia das Ciências resolveu encenar no seu tão volumoso quanto inútil Dicionário.

De facto, "maquiagem" é a corruptela brasileira de "maquilhagem". Nada contra, desde que se lhe dê bom uso lá onde viu a luz do dia. E se pensam em acusar-me de xenófobo ou inimigo da diversidade cultural, pois fazem muito bem - ou muito mal. Nestas questões do ler e do escrever, sou intransigente: neste jardim à beira-mar plantado, por favor, fale-se o português que nos ensinaram nos bancos da escola, sem concessões a facilidades ou modas. Não deve ser por acaso que, nos programas informáticos e na Internet, se dá a escolher entre Português de Portugal e do Brasil - é o reconhecimento ímplicito da tal diversidade cultural, o abraçar de duas maneiras diferentes mas legítimas de amar as palavras e os outros.

E se os nossos irmãos do outro lado do mar defendem o seu património linguístico com unhas e dentes, porque diabo havemos nós de nos acagaçar, de nos diminuirmos aos nossos olhos e do mundo, em nome de uma parolice politicamente correcta? Será que é recuando no fundamental que estamos a pensar atingir lugar cimeiro no concerto das nações? No mundo globalizado que está a nascer, os países terão que se afirmar pelas suas especificidades, pelo que de vero lhes corre nas veias. Defender o nosso modo de falar e escrever, com toda a coragem e determinação possíveis, pode não ser uma questão de sobrevivência, mas é um factor vital para a nossa auto-estima, numa sempre renovada afirmação de identidade e orgulho nacionais. Deixemo-nos, pois, de tibiezas!

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

10 fevereiro 2006

Da natureza das imagens

Poucos dias após “publicar” o texto sobre Cavaco Silva e as eleições presidenciais (“Credo, que cara!”, de 20 de Janeiro), encalhou-me nas mãos um livro do filósofo checo naturalizado brasileiro Villém Flusser. “Ensaio sobre a fotografia: Para uma filosofia da imagem” debruça-se, como o texto acima referido, sobre a natureza e significado das imagens. Comecei a lê-lo, com a natural curiosidade de quem procura novos argumentos para uma tese. Dois capítulos mais tarde, estava pronto a atirar o livro pela janela! O filósofo, ensimesmado, dedica-se a fazer “bola de carne” com as palavras e, claro!, o discurso torna-se ilegível. No entanto, o pouco que li suscitou-me algumas reflexões, que aqui exponho.

Para Flusser, uma das principais características do Homem é ser um produtor de imagens. Dos pigmentos argilosos do Paleolítico aos pixels da era digital, desde a imagem-símbolo à imagem-cena, o Homem tem usado as imagens para se apropriar do mundo que o rodeia, numa sempre renovada tentativa de compreender essa realidade que lhe é exterior.

Desde logo, porque as imagens são simplificações da realidade, que assim se torna mais acessível. Basicamente, por exemplo, um carro pode ser representado por dois círculos, um rectângulo e um trapézio. Quer isto dizer que, através de um processo abstracto (imaginação), se reduzem as quatro dimensões do mundo exterior às duas dimensões de um plano que, posteriormente, o nosso cérebro reconverte em objectos tridimensionais através do olhar. Os nossos olhos, de um golpe de vista ou vagueando demoradamente pela superfície da imagem (scanning) ao sabor da sua estrutura e dos impulsos do observador, apreendem-lhe o significado – tanto mais profundo quanto mais demorada a observação. Ou seja, o acto de ver restabelece as relações espácio-temporais abstraídas e lê a possível “mensagem” que o autor pretende transmitir. A interpretação de uma imagem é, pois, um compromisso entre dois olhares: o do emissor e o do receptor. Todavia, o tempo assim (re)criado não é um tempo linear, já que os nossos olhos tendem a regressar a pontos preferenciais, a andar em círculos, desfazendo o nexo causal entre os elementos da imagem, o efeito podendo preceder a causa. É um novo tempo: tempo de magia, na medida em que altera a ordem natural dos acontecimentos

Esta propriedade das imagens, o “carácter mágico” que Flusser lhes atribuí, é essencial para a compreensão das mensagens implícitas. “As imagens são códigos que traduzem eventos em si-tuações, processos em cenas” Uma imagem, portanto, é uma representação, uma mediação entre o Homem e o mundo, não é o mundo em si. O nosso papel é decifrá-las, atribuir-lhes um significado, encontrar-lhes um lugar no nosso esquema de compreensão do mundo. A par da leitura, é este o processo pelo qual aprendemos e, com isso, aumentamos as nossas hipóteses de sobrevivência. Com efeito, aprender é extrair informação útil de um conjunto de dados. O problema começa quando, numa sociedade saturada de media audiovisuais, passamos a viver em função das imagens - e para as imagens. Não sabemos interpretá-las ou, pura e simplesmente, desistimos dessa tarefa. Aceitamos o mundo como um conjunto de cenas, isto é, como sequências de imagens. Elevamo-las à categoria de deuses, de ídolos, caindo no que Flusser chama a idolatria das imagens. Tornamo-nos seus escravos. Neste caso, nada aprendemos e, por maioria de razão, a imagem torna-se inútil. Vivemos, pois, em sociedades pós-históricas, marcadas pela hegemonia das imagens e pelo colapso dos textos.

Um exemplo deste estado de coisas é a maneira como as notícias são editadas: já não dispensam as imagens, mesmo que estas nada tenham a ver com o assunto ou nenhuma informação acrescentem ao texto lido. Mais significativo ainda é o facto de a presença de uma câmara de televisão poder induzir alterações comportamentais. Está provado, por exemplo, que as claques de futebol se tornam mais indisciplinadas e violentas quando o jogo é transmitido pela televisão. No limite, assiste-se a uma completa dissonância com a realidade: as pessoas existem em função das imagens, vivem para elas (caso do “Big Brother” e programas similares) ou aspiram a tornarem-se, elas próprias, imagem (caso de um miúdo que se atirou da janela do seu quarto depois de ver o filme “Super-homem”). Vai uma aposta em como, algures, há-de haver uma criança convencida de que pode caminhar sobre a água depois de ver o último anúncio da Optimus?

Mas nem sempre foi assim. A História nasceu, precisamente, de uma “rebelião” contra as imagens. Ao carácter mágico das pinturas rupestres, feitiço contra os animais que caçavam, os nossos antepassados contrapuseram a racionalidade dos números. Há cerca de 5000 anos, na Suméria, sentiram necessidade de registar a produção agrícola e o tributo devido aos reis. Os caracteres cuneiformes foram, deste modo, uma etapa importante da evolução humana: após codificar o mundo em imagens, o Homem dedicou-se a codificar as próprias imagens – qualquer imagem. Ao fazê-lo, ao abstrair mais uma dimensão do mundo, transformou o tempo circular e “caótico” da imagem no tempo linear e ordenado do texto, os elementos imagéticos agora transcodificados em símbolos fonéticos que pretendiam representar a voz humana. A História (e as histórias…) podia agora começar, porque a consciência inata do “antes e depois” transformava-se na percepção consciente da passagem do tempo - consciência histórica, claro! Um tempo que podia agora ser transformado em traços de tinta, fixado em suporte mais duradouro que a memória e transmitido fielmente às gerações seguintes. É por isso que, hoje, temos o privilégio de conhecer reis e rainhas, batalhas, monumentos perdidos, grandezas e misérias dos povos. É por isso, também, que somos herdeiros da sabedoria de milhares de homens e mulheres que viveram antes de nós, de Aristóteles a Einstein. E é por isso, ainda, que podemos apreciar os frutos da prodigiosa imaginação humana. Ou seja, dessa faculdade de compor em imagens os mais genuínos sentimentos e emoções e, qual arte mágica, reduzi-los a pequenas manchas de tinta num papel para que, noutro tempo e noutro lugar, outro que não nós reconstrua as imagens dentro de si e se deixe emocionar por elas. Da “Odisseia”, de Homero, a “Memória das minhas putas tristes”, o último Gabriel Garcia Marquez, que magnífico fresco da condição humana!

Eis o que Flusser, cego e ensimesmado no seu próprio pensamento, não conseguiu perceber! “A imaginação torna-se alucinação e o homem passa a ser incapaz de decifrar imagens, de reconstituir as dimensões abstraídas. (…) Actualmente, o maior poder conceptual reside em certas imagens e o maior poder imagético em certos textos da ciência exacta”. Isto estaria certo se Flusser se referisse exclusivamente aos meios audiovisuais. E, no entanto, é ver um filme como “Noite escura”, de João Canijo, com toda a sua complexidade estrutural e semântica, para temer generalizações deste calibre. Mas meter no mesmo saco a literatura, toda a literatura? É verdade que alguns autores contemporâneos acabam por lhe dar razão. Livros como “O código Da Vinci” (de Dan Brown) ou “Sei lá” (de Margarida Rebelo Pinto), resultam de uma mera transposição de imagens mentais para caracteres tipográficos, sem conceito, sem ideias, sem norte, sem o tempero do sofrimento íntimo do Homem – que saudades do Tolstoi de “Guerra e paz” ou do Dickens de “Oliver Twist”! Mas aqueles livros não passam de excrecências literárias, lixo para extorquir dinheiro a papalvos. Flusser poderá ter razão nestes casos e noutros semelhantes. Contudo, enfiar o inteiro Mundo dentro de tão estreitos limites, eis o que não pode deixar de ser visto como um abuso… filosófico!

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

07 fevereiro 2006

Auto-retrato em alheios olhos



A planura a fazer-se céu, apenas alquebrada pelas serranias distantes. Oliveiras dispersas em restos de trigais. Gado respigando o pasto com os olhos no Outono que se avizinha. Um cavalo que veio, de mansinho, num ímpeto de amizade. E eu, telúrico, despido de artifícios, retribuindo mimos, apanhado pelo meu primo Manel na paz de quem apenas aqui, no regaço da terra, se sente verdadeiramente em casa. Este é o Jorge genuíno, puro, que poucos conhecem, nascido e crescido entre o dourado das espigas além-Tejo e a serenidade dos jardins encantados de uma certa quinta ribatejana... Mas isso são outras histórias.

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

06 fevereiro 2006

A aldeia global

Está na moda! É politicamente correcto bradar contra a globalização. Que, juntamente com o cowboy texano, seria responsável por todos os males deste mundo - do café gelado que me esqueci de beber enquanto escrevia ao aquecimento global que a todos nos afogará. Sem esquecer, está claro!, a morte das culturas, incapazes de resistir à avalanche de hamburguers rançosos, Windows XP's e Nokias de bom corte.

Tal como Fukuyama se estatelou em chão duro ao decretar o fim da História - e os acontecimentos deste fim-de-semana em vários países do Médio Oriente são uma das medidas do seu erro -, também os arautos da uniformização cultural têm de reciclar as cartilhas que recitam de cor enquanto destroem mais umas montras. As fotografias abaixo reproduzidas dão-nos conta das águas-fortes com que a nossa aldeia global se pinta a si mesma. Agora, nestes primeiros dias de 2006! Dois países, em lados opostos do Mundo, uma potência económica exportadora da malfadada globalização e uma nação ainda a braços com a ressaca de uma longa e cruel ditadura - e, contudo, ambos tão arreigados ao que lhes vai na alma!

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"Vários habitantes de Zubieta, em Navarra (Espanha), tomam parte num festival - o Zanpantzar -, que começa com uma marcha de Zubieta para a vizinha Ituren. Esta antiga tradição realiza-se sempre na última segunda-feira de Janeiro e a "visita" é invertida no dia seguinte, com os "zanpantzars" mágicos a começar a marcha em Ituren. A figura peluda à direita da imagem é o "hartza" (urso com cornos de carneiro). Outras personagens usam longos chapéus em forma de cone e outras trazem chocalhos de gado. Na mitologia basca pré-romana, acreditava-se que o som dos chocalhos às costas dos homens afasta os mais espíritos, que ameaçam a vida de todos os dias, e purifica os campos e pastagens." (Texto no portal Sapo)

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"Um filipino, com os fatos tradicionais da região, segura uma estátua do Menino Jesus ('Sto Nino') enquanto ele e os restantes participantes dançam nesta procissão realizada na Manila Bay. Esta procissão anual é um costume religioso entre os filipinos católicos que rezam ao Sto. Nino por benções e prosperidade." (Texto no portal Sapo)

Morte das culturas? Só quando o homem se renegar a si mesmo!

Fiquem bem. Vemo-nos por aí…

03 fevereiro 2006

Auto-retrato por alheias palavras

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Passos da cruz

...

VII

Fosse eu apenas, não sei onde ou como,
Uma coisa existente sem viver
Noite de Vida sem amanhecer
Entre as sirtes do meu doirado assomo...

Fada maliciosa ou incerto gnomo
Fadado houvesse de não pertencer
Meu intuito gloríola com ter
A árvore do meu uso o único pomo...

Fosse eu uma metáfora somente
Escrita nalgum livro insubsistente
Dum poeta antigo, de alma em outras gamas,

Mas doente e, num crepúsculo de espadas,
Morrendo entre bandeiras desfraldadas
Na última tarde de um império em chamas...

...

X

Aconteceu-me do alto do infinito
Esta vida. Através de nevoeiros,
Do meu próprio ermo ser fumos primeiros,
Vim ganhando, e através estranhos ritos

De sombra e luz ocasional, e gritos
Vagos ao longe, e assomos passageiros
De saudade incógnita, luzeiros
De divino, este ser fosco e proscrito...

Caiu chuva em passados que fui eu.
Houve planícies de céu baixo e neve
Nalguma coisa de alma do que é meu.

Narrei-me à sombra e não me achei sentido.
Hoje sei-me o deserto onde Deus teve
Outrora a sua capital de olvido.

(Fernando Pessoa)

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

02 fevereiro 2006

ESTREIA - Munique

Verão de 1972. A festa das Olimpíadas animava as ruas de Munique. No estádio, os atletas faziam justiça ao lema "Citius, altius, fortius". A aldeia olímpica vivia a serenidade dos que têm consciência do seu valor e, lealmente, querem prová-lo em sã concorrência com o seu semelhante. Nisto, um comando palestiniano tomava de assalto os alojamentos da delegação israelita e fazia onze reféns que, ao longo das próximas horas, seriam mortos perante a recusa do Governo em ceder às suas exigências. Depois, esgotados os inocentes, fogem e, claro!, a Mossad vai-lhes no encalço. Onde quer que se escondam, um a um, são descobertos e abatidos - fria, racional e metodicamente.

É esta sarabanda de sangue e violência, esta solidão de quem dispara a bala fatídica, esta assumpção do Mal pelos dois lados da barricada a minar a ilusão de qualquer superioridade moral, a matriz do último filme de Steven Spielberg que hoje se estreia nas salas portuguesas. Um portento, segundo dizem. E vem no momento ideal, em que as nuvens da guerra se adensam sob os céus do Médio Oriente. Oxalá todos, a começar pelo Hamas e pelas autoridades iranianas, entendam a mensagem que lhe está implicita: a violência nada constrói, apenas nos puxa ainda mais para o fundo do poço.

Entretanto, hoje há boas escolhas na TV:
- Mister Roberts, de John Ford (Hollywood, 18h30)
- 2010, de Peter Hyams (TCM, 20h10)
- Gosford Park, de Robert Altman (RTP 1, 23h15)
- Histórias de Nova York, de Martin Scorsese, Woody Allen e Francis Ford Coppola (Hollywood, 23h30)

Bons filmes. Fiquem bem. Vemo-nos por aí...