A aldeia global
Tal como Fukuyama se estatelou em chão duro ao decretar o fim da História - e os acontecimentos deste fim-de-semana em vários países do Médio Oriente são uma das medidas do seu erro -, também os arautos da uniformização cultural têm de reciclar as cartilhas que recitam de cor enquanto destroem mais umas montras. As fotografias abaixo reproduzidas dão-nos conta das águas-fortes com que a nossa aldeia global se pinta a si mesma. Agora, nestes primeiros dias de 2006! Dois países, em lados opostos do Mundo, uma potência económica exportadora da malfadada globalização e uma nação ainda a braços com a ressaca de uma longa e cruel ditadura - e, contudo, ambos tão arreigados ao que lhes vai na alma!
"Vários habitantes de Zubieta, em Navarra (Espanha), tomam parte num festival - o Zanpantzar -, que começa com uma marcha de Zubieta para a vizinha Ituren. Esta antiga tradição realiza-se sempre na última segunda-feira de Janeiro e a "visita" é invertida no dia seguinte, com os "zanpantzars" mágicos a começar a marcha em Ituren. A figura peluda à direita da imagem é o "hartza" (urso com cornos de carneiro). Outras personagens usam longos chapéus em forma de cone e outras trazem chocalhos de gado. Na mitologia basca pré-romana, acreditava-se que o som dos chocalhos às costas dos homens afasta os mais espíritos, que ameaçam a vida de todos os dias, e purifica os campos e pastagens." (Texto no portal Sapo)
"Um filipino, com os fatos tradicionais da região, segura uma estátua do Menino Jesus ('Sto Nino') enquanto ele e os restantes participantes dançam nesta procissão realizada na Manila Bay. Esta procissão anual é um costume religioso entre os filipinos católicos que rezam ao Sto. Nino por benções e prosperidade." (Texto no portal Sapo)
Morte das culturas? Só quando o homem se renegar a si mesmo!
Fiquem bem. Vemo-nos por aí…
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home