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Novas aventuras em mim (menor)

Aventuras em mim (menor)? Escrever é aventura, é incógnita. Viagem de dedos por sonhos, desejos, fantasias, pequenas e grandes coisas sobre mim e o mundo à minha volta. Desejo de partilha, também. De sentimentos, emoções, momentos, vivências, silêncios até. Quanto ao “menor”, é uma brincadeira, um pequeno trocadilho com a nota musical Mi menor. É, também, uma medida da minha humildade, da consciência brutal das minhas limitações como escriba.

08 julho 2005

Férias em Roma...

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À beira-mar, o menino sonha. As suas mãos. hábeis e inocentes, amassam castelos de areia. A sua imaginação torna-os vivos, pulsantes de reis e princípes e cavaleiros e duelos de espadas. Ele é o pajem, coração nas mãos por uma princesinha. Apertos de alma, palavras furtivas, beijos de ar que as ondas levarão pela calada da noite. O menino, porém, não se importa. Ele sabe que amanhã é outro dia e que irá de novo à praia. E fará outro castelo, ainda mais alto e belo. Porque não há limite para a fantasia.

É a este nosso modo de vida - livres de sonhar, amantes de construir - que fanáticos terroristas se empenham em levar o caos. Porque Deus não lhes fez o mundo à medida dos seus desejos e caprichos. querem que abdiquemos da nossa liberdade, do nosso amor ao próximo, do nosso empenho em construir um mundo melhor. E não hesitam em matar. Para que, no nosso medo, nos escondamos como ratos. Para que, vivos, nos desterremos no limbo da morte.

A nossa resposta só pode ser uma - um manguito. Prenhe de vida vivida, gargalhadas de crianças, beijos sob os ulmeiros, trabalho, ir à rua despejar o lixo, barafustar com o vizinho que assassina Charlie Parker, dar um mergulho, ouvir os Pink Floyd, estudar, lágrimas e sorrisos, abraçar outros povos, ter medo de marcianos, chorar com Mozart, cair de lado com os Marx, adormecer com areia molhada nas mãos...

E, também, negar a histeria securitária em que, mais tarde ou mais cedo, vamos chafurdar. Não podemos, não devemos deixar que o legítimo combate ao terrorismo seja pretexto para tentações totalitárias. Chamemos os governos à razão - restringir direitos, liberdades e garantias, seja de quem for, é capitular, é perder a face ante um punhado de canalhas que têm como único e grande amor a morte.

Por isso, Raquel, voa e vai lá dar, qual Anita Ekberg, um valente mergulho na Fontana di Trevi. Que bonita homenagem às vidas que já não se podem cumprir!

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A Liberdade não é um direito, tem que ser continuamente conquistada". A frase original não é bem assim, mas a ideia é a mesma. Parece que vamos ter que aprender maneiras novas de a conquistar mais uma vez. Trata-se de combater os canalhas que no-la querem roubar sem a roubarmos a nós mesmos. Não vai ser fácil...

quinta-feira, 14 julho, 2005  

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