Foi bonita a festa, pá! (1)
NOTA PRÉVIA: O título deste “post” já estava escolhido há muito tempo. É uma expressão de uso corrente que, aliás, já tinha usado no texto anterior. Como tal, decidi mantê-lo, apesar da colunista Inês Pedrosa ter publicado (no “Expresso”) um artigo com idêntico título. Mais uma vez se demonstra que as preguiças se fazem pagar bem caras!... Mas este atraso tem, também, a ver com a pesquisa fotográfica na Net. Imaginam o trabalho que dá escolher umas dezenas de fotos entre milhares? E ficar sempre com a angústia de “porque diabo escolhi esta e não aquela”?...
Há-de ficar, seguramente, como uma das mais belas imagens do Mundial 2006. Aconteceu no dia do Portugal-Holanda e não, não estou a falar da bomba do Maniche a passar pelo buraco da agulha nem do Deco, após ter sido expulso, sentado no rebordo das bancadas em amena cavaqueira com um adversário; nem tão pouco desse senhor holandês que, num bar de Cascais, vestia uma camisola laranja com as bandeiras dos dois países estampadas em frente e verso e que, após o golo luso, aconchegou as quinas ao coração.
Foi depois, muito depois, já a noite a querer fazer-se madrugada. Um pouco por todo o País, a euforia da vitória teimava em resistir ao cansaço do corpo, uma sabiamente orquestrada coreografia ao compasso dos directos televisivos. Saltos, cachecóis ao alto, dedos da mão e rasgados sorrisos a antecipar vitórias, poses guerreiras a estrebuchar para as câmaras, porque “somos os maiores e Portugal vai ser campeão, até os comemos!”, o repórter sem saber para que lado se virar.
De súbito, nas malhas do zapping, um momento bucólico. Lá atrás, na penumbra das esplanadas do Parque das Nações, cachecóis, bandeiras e cerveja irmanavam-se no delírio. No miolo da imagem, banhada de luz, uma jornalista debitava as banalidades e perguntas do costume a um homem jovem, que lhe respondia na mesma moeda, as mãos a segurarem as pernas da criança que trazia às cavalitas A câmara acompanha o microfone e eis-nos na perfeição de um quadro de Rafael ou Leonardo: caracóis louros, descendo em cascata até aos ombros, a ofuscarem o alvoroço das massas ululantes e a desenhrem o rosto de um garoto de seis ou sete anos, ar de sono em rota de colisão com o vermelho da camisola e calções da Selecção Nacional. A jornalista, na mira de presa fácil, tenta escalpelizar-lhe as emoções. Mas já se sabe que a verdade habita o coração das crianças. E este querubim desarma-a por completo com um arrastado “Agora não quero falar. Tenho sono!”, a serenidade e ternura da sua voz a fazerem-nos acreditar em sublimes epifanias, a reporem pitadas de ordem no caos do mundo, a clamarem em alto e bom som o triunfo da candura sobre a bestialidade!
A festa foi-se, com a promessa de voltar daqui a quatro anos para unir o Mundo num abraço fraterno. A festa foi-se, sim, mas ficaram-nos na retina as imagens desse plasmar de povos e identidades, dessa absoluta convicção de que a paz é possível. Basta querermos!
Segue-se uma galeria fotográfica (dividida por vários “post’s) onde, além de relembrar todos os jogos de Portugal e a final, o critério de escolha assentou no interesse humano de cada imagem.
Portugal-Angola
Portugal-Irão
Portugal-México
Até amanhã. Fiquem bem. Vemo-nos por aí…
3 Comments:
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