Homo sapiens - Auto-retrato
Santa paciência! Eu, que para o desenho e artes correlativas, tenho menos talento que um chimpanzé, tremo que nem gelatina Royal só de pensar quantas horas e neurónios terá gasto o autor desta imagem, desde a faísca inicial até ao último retoque… Conjugação perfeita de espaço e forma, este zoo miniatura é como se fosse um espelho onde o nosso eu profundo se revisse, num vaivém de maré. Esta face interpela-nos, recorda-nos as nossas origens, faz-se eco da íntima ligação entre nós e todos os seres vivos da Terra, em cada traço aquela troca de segmentos espiralados que nos moldou ao longo de milhões de anos de evolução biológica. Por outro lado, todavia, queremos desviar o olhar, ao revermos aqui a selva que ainda pulsa em zonas recônditas do nosso cérebro, um mundo de dentes, garras e sangue que a civilização amainou – mas à espera de nos emboscar à mínima distracção.
Dizem-me que, com paciência de chinês, se descobrem trinta animais entretecidos uns nos outros. Pobre de mim, que só descobri vinte… Divirtam-se, que há uma bejeca para quem fizer o pleno!
Fiquem bem. Vemo-nos por aí…
1 Comments:
Boa, deep green! Pago-te a bejeca. Mas há um senão: esqueceste-te de ler as letras miudinhas do contrato! Eu pago-te a bejeca e tu pagas-me uns óculos novos, eh!eh!eh!...
Um abração e bom fim-de-semana
Jorge
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