Caminhos e andarilhos...
Férias!...
Tempo de liberdade, saboroso regresso às aventuras e medos da infância, como se mergulhássemos de cabeça num livro aos quadradinhos, onde tudo é possível...
Há muito que me roubaram – não sei quem! – esse livro da minha biblioteca. Prisioneiro de mim, refém de um corpo que já quase não me obedece, tento livrar-me da ânsia, do desejo de percorrer estes caminhos banhados pelo Sol da madrugada. Não consigo! É demasiado forte o apelo da terra, do vento nos cabelos, do suor a pingar-me para os olhos, das aves que se me cruzam no caminho, das árvores frondosas a derramarem-se em sombras sobre os passos cansados, do mosaico colorido das culturas e aromas, dos bosques prenhes de mistério e sedução. Uma outra forma de cantar a maresia, as ondas que me desfalecem aos pés e os enterram na areia húmida, crianças construtoras de castelos e sonhos, o Sol a vestir o pijama, as gaivotas e os veleiros cruzando-se no horizonte...
Os meus voos, aqueles que as minhas asas me permitem, são mais modestos. A fria A8 à porta de casa e que me despeja, de sopetão, numa casota de madeira entre pinheiros, no Baleal. O cenário parece paradisíaco... Até podia ser, não fosse esse ninho um entre dezenas e dezenas, num labirinto de ruas sem nome nem norte do qual a natureza quase foi obrigada a fugir a sete pés. Restam, como disse, pinheiros esparsos a entremear o encanto das casitas e das vidas que lhes dão vida. Por sorte, o meu alpendre debruça-se sobre floresta virgem, um pedaço de terra que os donos resolveram deixar em revigorante pousio a inflamar-me a imaginação. É por isso que, entre livros e revistas, o portátil verá as férias adiadas!
Ah!, é verdade: espero que este pequeno texto seja uma barrela naquelas almas menos propícias aos encantos do futebol...
Boas férias! Fiquem bem. Vemo-nos por aí...
Tempo de liberdade, saboroso regresso às aventuras e medos da infância, como se mergulhássemos de cabeça num livro aos quadradinhos, onde tudo é possível...
Há muito que me roubaram – não sei quem! – esse livro da minha biblioteca. Prisioneiro de mim, refém de um corpo que já quase não me obedece, tento livrar-me da ânsia, do desejo de percorrer estes caminhos banhados pelo Sol da madrugada. Não consigo! É demasiado forte o apelo da terra, do vento nos cabelos, do suor a pingar-me para os olhos, das aves que se me cruzam no caminho, das árvores frondosas a derramarem-se em sombras sobre os passos cansados, do mosaico colorido das culturas e aromas, dos bosques prenhes de mistério e sedução. Uma outra forma de cantar a maresia, as ondas que me desfalecem aos pés e os enterram na areia húmida, crianças construtoras de castelos e sonhos, o Sol a vestir o pijama, as gaivotas e os veleiros cruzando-se no horizonte...
Os meus voos, aqueles que as minhas asas me permitem, são mais modestos. A fria A8 à porta de casa e que me despeja, de sopetão, numa casota de madeira entre pinheiros, no Baleal. O cenário parece paradisíaco... Até podia ser, não fosse esse ninho um entre dezenas e dezenas, num labirinto de ruas sem nome nem norte do qual a natureza quase foi obrigada a fugir a sete pés. Restam, como disse, pinheiros esparsos a entremear o encanto das casitas e das vidas que lhes dão vida. Por sorte, o meu alpendre debruça-se sobre floresta virgem, um pedaço de terra que os donos resolveram deixar em revigorante pousio a inflamar-me a imaginação. É por isso que, entre livros e revistas, o portátil verá as férias adiadas!
Ah!, é verdade: espero que este pequeno texto seja uma barrela naquelas almas menos propícias aos encantos do futebol...
Boas férias! Fiquem bem. Vemo-nos por aí...
5 Comments:
...aqui está o meu livrinho, fica com ele o tempo que precisares!!! :D
obrigada por teres trocado os relvados pelos bosques.
boas férias.
repito o que disse a outra susana!O futebol também não me seduz muito!Agora este texto sim e também o seu autor !
beijos e boas férias
quero beijoca no meu blog!
Boas férias Jorge
E lembra-te que a verdadeira felicidade encontramo-la em nós próprios. E já agora...não esqueças o futebol deste blog pois o sol quando nasce deve nascer para todos e o teu blog deve ser isso mesmo, um sol que nasce para todos e para ti mesmo. Para mim continua a ser um paõzinho quente de ideias servido ao pequeno almoço.
Boas férias
Mais do que o tamanho do texto, é a profundidade da mensagem e do sentir do Jorge...
Abraço
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