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A vaidade cega-nos. Olhamos para o próprio úmbigo e, helás!, eis o cú do mundo. Por isso, é bom ter amigos que ousem disparar sobre o balão e fazer-nos estatelar na terra chã do real. Com o ego na estratosfera, ia pôr-me a copiar os melhores textos do anterior blog quando o Nuno fez soar o alerta: o outro é o outro, uma tautologia evidente até para uma criança de colo. Se estou a erguer os alicerces de um novo lar, para quê ir esgaravatar no sotão da decrépita mansão? Vida nova, precisa-se! E obrigado, Nuno...
Agradeço as sugestões que, até agora, recebi. Uma delas é pertinente: a extensão dos textos. Vêm o cabeçalho do blog? No "setup", indica-se que não pode exceder 500 caracteres. Pois! Eu li, no entanto, 500 palavras. E vá de martelar o teclado, descuidando o metrónomo da escrita. Quando me dei por satisfeito, tinha quase uma página A4! Três mil e tal letrinhas! Corta, corta e corta... Consegui as fatídicas 500 palavras. "Copiar e colar", mas cabeçalho nem vê-lo. Pudera: até o programa informático que gere este site ficou entediado e, zás!, adormeceu. Mais umas batidas de claquete e 499 caracteres depois, ei-lo: sintético e eficaz! Acho eu...
Nem todas as situações, contudo, se podem medir pelo mesmo diapasão. Há temas que se prestam a ser mais palavrosos que outros. Estados de espírito que pedem tempo suficiente para se refazerem ao correr do texto. Falam-me da preguiça de ler. Talvez seja este o mal maior destes dias: não temos tempo nem paciência para o que quer que seja! E se o Miguel Sousa Tavares ocupa uma página inteira do jornal, está a escrever para marcianos? E o Lobo Antunes, para selenitas? Reparem: não vos aponto uma pistola à cabeça. Só lê quem quiser - se não, mandem-me dar uma curva.
Também me falaram da cor de fundo. Que é triste, sem luz, cheirando a velha. Sintoma maior da esquizofrénica sociedade de sucesso que pensamos habitar, plena de néons e sorrisos de plástico. É isso que quero evitar. Quero que este blog continue íntimo, confessional, uma carta que se escreve a um amigo ávido de notícias.
Fiquem bem. Vemo-nos por aí...
Agradeço as sugestões que, até agora, recebi. Uma delas é pertinente: a extensão dos textos. Vêm o cabeçalho do blog? No "setup", indica-se que não pode exceder 500 caracteres. Pois! Eu li, no entanto, 500 palavras. E vá de martelar o teclado, descuidando o metrónomo da escrita. Quando me dei por satisfeito, tinha quase uma página A4! Três mil e tal letrinhas! Corta, corta e corta... Consegui as fatídicas 500 palavras. "Copiar e colar", mas cabeçalho nem vê-lo. Pudera: até o programa informático que gere este site ficou entediado e, zás!, adormeceu. Mais umas batidas de claquete e 499 caracteres depois, ei-lo: sintético e eficaz! Acho eu...
Nem todas as situações, contudo, se podem medir pelo mesmo diapasão. Há temas que se prestam a ser mais palavrosos que outros. Estados de espírito que pedem tempo suficiente para se refazerem ao correr do texto. Falam-me da preguiça de ler. Talvez seja este o mal maior destes dias: não temos tempo nem paciência para o que quer que seja! E se o Miguel Sousa Tavares ocupa uma página inteira do jornal, está a escrever para marcianos? E o Lobo Antunes, para selenitas? Reparem: não vos aponto uma pistola à cabeça. Só lê quem quiser - se não, mandem-me dar uma curva.
Também me falaram da cor de fundo. Que é triste, sem luz, cheirando a velha. Sintoma maior da esquizofrénica sociedade de sucesso que pensamos habitar, plena de néons e sorrisos de plástico. É isso que quero evitar. Quero que este blog continue íntimo, confessional, uma carta que se escreve a um amigo ávido de notícias.
Fiquem bem. Vemo-nos por aí...
2 Comments:
A cor pode ser dada pelas imagens bonitas que escolhes (como a do pardal parafuso)!
e a propósito de ler ou não, aqui vai um poeminha:
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.
(...)Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira.(...)
Mário Quintana
marinheiras
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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