.comment-link {margin-left:.6em;}

Novas aventuras em mim (menor)

Aventuras em mim (menor)? Escrever é aventura, é incógnita. Viagem de dedos por sonhos, desejos, fantasias, pequenas e grandes coisas sobre mim e o mundo à minha volta. Desejo de partilha, também. De sentimentos, emoções, momentos, vivências, silêncios até. Quanto ao “menor”, é uma brincadeira, um pequeno trocadilho com a nota musical Mi menor. É, também, uma medida da minha humildade, da consciência brutal das minhas limitações como escriba.

17 junho 2005

Contacto

A vaidade cega-nos. Olhamos para o próprio úmbigo e, helás!, eis o cú do mundo. Por isso, é bom ter amigos que ousem disparar sobre o balão e fazer-nos estatelar na terra chã do real. Com o ego na estratosfera, ia pôr-me a copiar os melhores textos do anterior blog quando o Nuno fez soar o alerta: o outro é o outro, uma tautologia evidente até para uma criança de colo. Se estou a erguer os alicerces de um novo lar, para quê ir esgaravatar no sotão da decrépita mansão? Vida nova, precisa-se! E obrigado, Nuno...

Agradeço as sugestões que, até agora, recebi. Uma delas é pertinente: a extensão dos textos. Vêm o cabeçalho do blog? No "setup", indica-se que não pode exceder 500 caracteres. Pois! Eu li, no entanto, 500 palavras. E vá de martelar o teclado, descuidando o metrónomo da escrita. Quando me dei por satisfeito, tinha quase uma página A4! Três mil e tal letrinhas! Corta, corta e corta... Consegui as fatídicas 500 palavras. "Copiar e colar", mas cabeçalho nem vê-lo. Pudera: até o programa informático que gere este site ficou entediado e, zás!, adormeceu. Mais umas batidas de claquete e 499 caracteres depois, ei-lo: sintético e eficaz! Acho eu...

Nem todas as situações, contudo, se podem medir pelo mesmo diapasão. Há temas que se prestam a ser mais palavrosos que outros. Estados de espírito que pedem tempo suficiente para se refazerem ao correr do texto. Falam-me da preguiça de ler. Talvez seja este o mal maior destes dias: não temos tempo nem paciência para o que quer que seja! E se o Miguel Sousa Tavares ocupa uma página inteira do jornal, está a escrever para marcianos? E o Lobo Antunes, para selenitas? Reparem: não vos aponto uma pistola à cabeça. Só lê quem quiser - se não, mandem-me dar uma curva.

Também me falaram da cor de fundo. Que é triste, sem luz, cheirando a velha. Sintoma maior da esquizofrénica sociedade de sucesso que pensamos habitar, plena de néons e sorrisos de plástico. É isso que quero evitar. Quero que este blog continue íntimo, confessional, uma carta que se escreve a um amigo ávido de notícias.

Fiquem bem. Vemo-nos por aí...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A cor pode ser dada pelas imagens bonitas que escolhes (como a do pardal parafuso)!
e a propósito de ler ou não, aqui vai um poeminha:


Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.


(...)Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira.(...)

Mário Quintana

marinheiras

sexta-feira, 17 junho, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu

sábado, 21 novembro, 2009  

Enviar um comentário

<< Home